quarta-feira, 25 de maio de 2011

Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas


Dirigido por Rob Marshall. Com: Johnny Depp, Penélope Cruz, Geoffrey Rush, Ian McShane, Kevin McNally, Sam Claflin, Astrid Berges-Frisbey, Stephen Graham, Richard Griffiths, Judi Dench, Gemma Ward e Keith Richards.  NOTA: 4,5/10

Um grande equivoco é a produção deste Piratas do Caribe. Primeiro, depois da saída de Gore  Verbisnki, o diretor dos três primeiros filmes e que possibilitava  a maravilhosa montanha-russa de ação, emoção, fantasia, diversão, comédia, suspense e até um pouco de romance que eram A Maldição do Pérola Negra, O Baú da Morte  e No Fim do Mundo. A entrada de Rob Marshal como diretor é uma das maiores falhas do novo longa da franquia.

Marshal tem dificuldades nas cenas de ação, que são horrivelmente coreografadas, e tem momentos que parece que quer voltar a fazer seus irritantes musicais com cenas que provocam profunda vergonha alheia.

O novo diretor simplesmente exagera no protagonista que praticamente faz um longo ( e cansativo) show de stand-up no filme. Jonhy Deep chega ao lugar comum de sua personagem e o torna a cada cena menos interessante e mais uma caricatura do que era Jack Sparrow nos três primeiros filmes da série. Com a saída do casal da trilogia anterior,   Sparrow deixa de ser um facilitador do equilíbrio da série e se torna o destaque, e não sendo tão interessante como nos filmes anteriores.

E as novas personagens não ajudam: Ian Mcshane não apresenta um vilão tão interessante quando Davy Jones com seu Barba Negra, e a comparação acontece a todo segundo que sua personagem aparece, já que em muitos momentos Barba Negra tem ações parecidas com o vilão dos dois últimos filmes. Penélope Cruz, uma atriz maravilhosa, faz um papel totalmente sem sentido, tendo de ser um atrativo romântico pra Sparrow distorcendo completamente o personagem e a franquia. Quem se salva no longa, é o Barbossa de Geoffrey Rush, que aparece como o melhor personagem do longa e o único que mantém o espírito dos filmes do Verbinski.

Mas é no roteiro que o longa desanda de vez, a trama é completamente perdida e sem sentido, personagens aparecem e fazem coisas totalmente sem coerência, casais são feitos sem nenhuma responsabilidade de criar o sentimento.  Piratas do Caribe parece navegar em águas da mediocridade.

Tecnicamente, o filme desanda totalmente na qualidade dos efeitos especiais que são bem inferiores aos filmes anteriores com ar de artificialidade bem aparente. Enquanto isso, a direção de arte é maravilhosa e se salva no mar de descontrole da direção de Marshal.

Piratas do Caribe 4 é a prova que não importa como uma personagem é querido, o que realmente importa é um diretor competente e um roteiro eficiente..

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