sábado, 2 de julho de 2011

Sarabande


Música tema de Barry Lyndon, filme do meu diretor favorito, Stanley Kubrick. Ainda nem assistir o filme, mas a música acima é linda.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Meia Noite em Paris, de Woody Allen

Meia Noite em Paris, de Woody Allen - 10/10

Com: Owen Wilson, Rachel McAdams, Michael Sheen, Carla Bruni, Marion Cotillard, Alison Pill, Kathy Bates, Adrien Brody, Corey Stoll, Tom Hiddleston,  Kurt Fuller, Mimi Kennedy, David Lowe, Léa Seydoux

 Woody Allen faz um filme maravilhoso sobre a insatisfação em estar no tempo onde vivemos e nossa fascinação por um passado que é retratado pelo nosso consciente como um período superior ao nosso presente. Eu sempre quis viver nos Anos 80, em Manchester e ver o nascimento de bandas como The Smiths e do Joy Division, e divido com o protagonista de Meia Noite em Paris, seu fascínio pela Paris chuvosa dos Anos 20.

Ao mostrar um Gill Pender ( Owen Wilson) que fascinado por Paris mas insatisfeito com o seu presente, viaja para o passado conhecendo ídolos intelectuais como Ernest Hemingway, Louis Brunel, Salvador Dalí, o casal Fitzgerald, Pablo Picasso, entre outros em uma Paris extremamente romântica dos Anos 20, chuvosa e bela e ainda mostrar uma outra personagem desse próprio Anos 20 insatisfeita com seu presente, e fascinada pelo passado da Belle Epoque, Allen mostrar como sempre seremos insatisfeitos com o presente, e fascinados por um passado, não importa o que aconteça sempre será assim. Esquecendo totalmente que talvez o presente seja nosso maior “presente”.

Em Meia Noite em Paris, várias características marcantes de sua carreira ( O autor insatisfeito, uma cidade maravilhosa e os diálogos afiados) estão com todo vigor. Um Owen Wilson, com uma atuação que finalmente prova seu maravilhoso timming cômico, encarna um dos melhores "Woody Allen" dos últimos 20 anos da carreira do diretor.

 Allen, desde dos primeiros frames do longa, justifica a fantasia do filme ao mostrar porque Paris é tão bela e porque ela o ( nos) fascina tanto. E quanto mais o filme se desenvolve. o fascínio pela Cidade-Luz aumenta. E uma fotografia extremamente bela e pulsante parece confirmar o que Wilson fala em certo ponto do filme ( "È como se Paris fosse o lugar mais quente do universo").

A trilha sonora é extremamente maravilhosa Com clássicos de Cole Poter e belas músicas parisienses. Além disso, uma ótima atuação da sempre competente Rachel McAdams, a como sempre espetacular Marion Cotillard está estupenda ( Seu final é espetacular), uma boa atuação em curto tempo da primeira dama Carla Bruni, um divertido Micahel Sheen. Destaque para o hilário Adrien Brody como Dalí.

Ao final de Meia Noite em Paris, fica a sensação muito ruim: A que os créditos não deveriam ter começado e que o filme devia continuar. Pois quando Woody Allen acerta, ele realmente acerta.



domingo, 29 de maio de 2011

Cinzas do Paraíso

Cinzas do Paraíso - de Terrence Malick  10 / 10
Terrence Malick faz uma estupenda definição sobre relações familiares, amorosas e sociais sobre os Estados Unidos. Malick é genial em apresentar um quadro genial baseando-se em três personagens maravilhosamente desenvolvidos.

A grande qualidade do longa, é que os diálogos não são os grandes responsáveis pelo desenvolvimento da histórias. Malick apresenta sua história e as ações das pessoas que andam durante os 94 minutos de projeção através de lindas imagens, fotografadas de forma incrível,  é de uma beleza única.

Mas mesmo aqui, sendo imagem mais importante que o texto. Mallick traz diálogos fascinantes . Os atores cumprem com louvor a interpretação das personagens. Além de todas as qualidades, toda a parte final do onga é emblemática e poderosa, onde todas as suas características positivas chegam ao êxtase.

sábado, 28 de maio de 2011

Pontypool, de Bruce McDonald - 9,0/10
Mcdonald acerta em cheia em escolher que na maior parte do filme só teremos informações sobre o que está acontecendo na cidade de Pontypool através de rádio, televisão e telefone, assim como os protagonistas desse longa canadense. Na maior parte do filme, temos um trabalho de tensão quase insuportável onde ficamos tão chocados quanto as personagens a  saber aos poucos do acontecido. No ato final, onde temos uma leve queda de qualidade, uma violência genial é jogada em tela, mesmo que o final decepcione um pouco, vemos aqui, uma forma de filme de terror muito mais eficientes dos sanguinolentos de exposição.

Biutiful, de Alejandro Gonzáles Inârritu - 8,5/10
Inãrritu tem aqui sérios problemas em relação á condução de narrativa. Tenta fazer bastante melodrama e alguns momentos isso funciona de jeito estupendo ( Como na cena que Uxbal encontra seu pai) ou falha completamente ( Principalmente em relação ao casal de chineses que desperdiça totalmente um tempo precioso). Mas em relação ao desenvolvimento de sua protagonista, o cineasta acerta completamente, e com uma atuação soberba de Javier Barde, faz de Uxbal, uma personagem fascinante, e Biutiful ser um ótimo filme em relação a estudo de personagens. Truques da direção são maravilhosos, como na bela cena dos corações batendo. A trilha sonora e a fotografia auxiliam na trama. Um bom filme. 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas


Dirigido por Rob Marshall. Com: Johnny Depp, Penélope Cruz, Geoffrey Rush, Ian McShane, Kevin McNally, Sam Claflin, Astrid Berges-Frisbey, Stephen Graham, Richard Griffiths, Judi Dench, Gemma Ward e Keith Richards.  NOTA: 4,5/10

Um grande equivoco é a produção deste Piratas do Caribe. Primeiro, depois da saída de Gore  Verbisnki, o diretor dos três primeiros filmes e que possibilitava  a maravilhosa montanha-russa de ação, emoção, fantasia, diversão, comédia, suspense e até um pouco de romance que eram A Maldição do Pérola Negra, O Baú da Morte  e No Fim do Mundo. A entrada de Rob Marshal como diretor é uma das maiores falhas do novo longa da franquia.

Marshal tem dificuldades nas cenas de ação, que são horrivelmente coreografadas, e tem momentos que parece que quer voltar a fazer seus irritantes musicais com cenas que provocam profunda vergonha alheia.

O novo diretor simplesmente exagera no protagonista que praticamente faz um longo ( e cansativo) show de stand-up no filme. Jonhy Deep chega ao lugar comum de sua personagem e o torna a cada cena menos interessante e mais uma caricatura do que era Jack Sparrow nos três primeiros filmes da série. Com a saída do casal da trilogia anterior,   Sparrow deixa de ser um facilitador do equilíbrio da série e se torna o destaque, e não sendo tão interessante como nos filmes anteriores.

E as novas personagens não ajudam: Ian Mcshane não apresenta um vilão tão interessante quando Davy Jones com seu Barba Negra, e a comparação acontece a todo segundo que sua personagem aparece, já que em muitos momentos Barba Negra tem ações parecidas com o vilão dos dois últimos filmes. Penélope Cruz, uma atriz maravilhosa, faz um papel totalmente sem sentido, tendo de ser um atrativo romântico pra Sparrow distorcendo completamente o personagem e a franquia. Quem se salva no longa, é o Barbossa de Geoffrey Rush, que aparece como o melhor personagem do longa e o único que mantém o espírito dos filmes do Verbinski.

Mas é no roteiro que o longa desanda de vez, a trama é completamente perdida e sem sentido, personagens aparecem e fazem coisas totalmente sem coerência, casais são feitos sem nenhuma responsabilidade de criar o sentimento.  Piratas do Caribe parece navegar em águas da mediocridade.

Tecnicamente, o filme desanda totalmente na qualidade dos efeitos especiais que são bem inferiores aos filmes anteriores com ar de artificialidade bem aparente. Enquanto isso, a direção de arte é maravilhosa e se salva no mar de descontrole da direção de Marshal.

Piratas do Caribe 4 é a prova que não importa como uma personagem é querido, o que realmente importa é um diretor competente e um roteiro eficiente..

domingo, 15 de maio de 2011

Um Tiro Na Noite (Blow Out), de Brian De Palma - 10/10
Talvez o melhor trabalho cinematográfico já feito por um homem . Com um toque de metalinguagem maravilhoso.. Mas principalmente de um tom hitckcookiano que troca a câmara de "Janela Indiscreta " pelos aparelhos de som nesse filme espetacularmente  dirigido ( Como sempre, De Palma dá um show no uso da câmara), um trilha sonora que dá um tom especial ao longa e principalmente: Uma atuação magistral de John Travolta ( E a maior prova disso é a cena final do longa, que já nasce antológica)




A Rosa Púrpura do Cairo, de Woody Allen  - 10/10
Allen faz um trabalho menos "neurótico", menos "nova iorquino". Mas não deixa de ser um filme apaixonado, só que agora Allen é sincero: O cinema em si, é alvo da paixão. E o num exercício de metalinguagem sensacional, o cinema literalmente fala com a personagem de Mia Farrow, e assim como ela, somos seduzidos para essa história apaixonante com personagens que ora vem mesquinhos e desonestos mas totalmente reais, ora vem como pessoas boas e verdadeiras mas de um mundo totalmente fictício.



Manhattan, de Woody Allen - 10/10
Woody Allen aqui explicita de vez seu amor pela cidade de Nova York. Desde do seu primeiro frame, ele se declara de forma tradicionalmente neurótica mas que nesse chega ao nível de pessoalidade extremo que ama a cidade. E através de nova iorquinos e suas relações totalmente devastadora, Woody Allen nos apresenta uma cidade linda em preto e branco que não deveria ter carros e que qualquer explicação sobre si mesma tende a ter algum defeito. Perfeito.   

Há muito tempo que não entro...

Há muito tempo que não posto aqui no blog, e foram tantos filmes que eu assistir nesse período que se eu for postar tudo vai ser uns 50 posts de vez.

Mas em breve eu volto a fazer comentários, está sendo bem difícil fazer isso, mas vou tentar ao máximo.

terça-feira, 8 de março de 2011

Comentário


Revistos:
A Rede Social, de David Ficnher
Classificação: 10/10
Um dos melhores filmes americanos lançados no ano passado. O longa dirigido por Fincher nos apresenta um grande estudo de personagem que representa toda uma geração vidrada na tecnologia da informação. Mas mais do que isso, David Fincher nos apresenta uma reflexão sobre a não conectividade dos seres humanos da atualidade. Com um roteiro cheio de diálogos maravilhosamente escritos e uma atuação inspirada de Jesse Einsenberg, um grande filme.







Se Beber Não Case, de Todd Philips.
Classificação: 8,5/10

O politicamente incorreto é sempre uma coisa interessante a ser vista no cinema americano. Principalmente quando é no cinema comercial americano. E muito mais quando é visto em uma comédia de ressaca. Podemos chamar esse filme de “Grande Bola de Neve de Sacangem”, pois é exatamente isso que acontece nesse filme divertido.









Beleza Americana, de Sam Mendes
Classificação: 10/10

Um dos vencedores de melhor filme mais justos do últimos tempos, aqui Sam Mendes usa uma metafóra maravilhosa: amercan beauties é a rosa perfeita nos estados unidos, muito bonita mas sem cheiro e espinhos. Ou seja, ela é como a classe americana apresentada no longa, vazia por dentro. Uma interpretação extraordinária de Kevin Spacey. Uma beleza americana.


segunda-feira, 7 de março de 2011

Bruna Sufistinha


Um bom filme. Ótima atuação de Deborah Secco


CRÍTICA: BRUNA SUFISTINHA

Uma desconfiança geral acometeu o público quando a informação que um filme que adaptaria o livro “O Doce Veneno do Escorpião” seria feito. O que nos mostrar ainda mais a falsa moralidade do povo brasileiro, e além disso a inexplicável repulsão deste com o nosso cinema que vem apresentado nos últimos anos um aumentos de qualidade e de produções. Mas para silenciar essa multidão, Marcus Baldini traz um filme inventivo e que (quase) nunca tenta julgar sua personagen- título.

Bruna Sufistinha é um filme que se resume em uma palavra; Inventividade. O diretor e principalmente a montagem tenta pegar a sua atenção através de soluções visuais ( Quando o blog da protagonista é mostrado na tela ) ou uma trilha maravilhosa ( Com direito a maravilhosa música do Radiohead que faz relação com o que a personagem está vivendo). Assim o filme pega a atenção de quem está assistindo.

Planos maravilhosos são colocados em diversos momentos. A cena do primeiro programa de Raquel Pacheco é apresentada de uma forma impecavelmente bela ( A fotografia) e cheia de mensagem ( A forma como a personagem olha para quem está assistindo chega a ser chocante, esperando pelo julgamento). Assim, o filme nunca cai na armadilha do estilo de televisão ( Como “Se Eu Fosse Você”)

Outro ponto positivo do longa é seu elenco: A participação de Drica Morais por exemplo, é exemplar. Cássio Gabus Mendes faz um papel maravilhoso sempre tentando buscar o lado “Rachel Pacheco” da protagonista. Mas quem se destaca é Débora Seco, apesar da irregularidade de sua atuação ( Esta soa caricata em alguns momentos), cenas como a já citada primeira vez , está maravilhosa, aqui ela está se entregando realmente ao papel. No terceiro ato, você sente a decadência da personagem na veia.

Infelizmente nem tudo são flores. O roteiro é bem mediano. Quando este começa a contar a história da decadência da personagem,  a história cai em mesmice. Outros pontos negativo são como o fato da adoção são apresentadas de forma gratuita.

No final, o saldo é muito positivo. Apesar que seria bem melhor caso o roteiro fosse menos óbvio.

8,5/10  


Dirigido por Marcus Baldini. Com: Deborah Secco, Cássio Gabus Mendes, Drica Moraes, Cristina Lago, Fabiula Nascimento, Guta Ruiz, Clarisse Abujamra, Sergio Guizé


Trailer:



Música Fake Plastic Trees da Trilha Sonora do Filme.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Antes do Amanhecer / Pór do Sol


Resolvi fazer um texto sobre esses dois filmes que estão pra mim entre as maiores histórias de amor.

A história é simples: Em Antes do Amanhecer, uma francesa e um americano se encontram em Viena e decidem ficar, se apaixonam, mas só tem  até o amanhecer do outro dia para ficarem  juntos. No segundo , eles se encontram em Paris, mas só tem até o pór do sol.

E é com essa premissa básica, que Robert Linklark faz dois filmes belos. Os diálogos são a grande força: Os dois personagens ( interpretados por Ethan Hawke e Julie Delpy) conversam sobre tudo: O amor, a morte, a vida, a poluição, ou seja, no fundo,  no fundo os dois filmes falam da humanidade, seus receios, sua paixões, sua vida, medos, a morte. Tudo.

Mas para fazer um filme romântico como esse, onde as personagens conversam durante toda a projeção, Linklaker precisava de um  casal que tivesse química. E Ethan Hawke e Julie Deply fazem um casal verídico, com um química estrondosa desde a primeira cena do primeiro filme até a última cena do segundo. Os dois também ajudaram o Linklaker a fazer o roteiro do segundo filme.

Enquanto o primeiro é mais tocante, e uma romântica de história de amor ( A cena da cabine de música é uma prova absoluta disso ). O segundo é mais realista e maduro ( O primeiro também tinha essas características mas Pôr do Sol supera este), ele tem cenas mais intensas  ( Veja a cena do carro).

A fotografia é estrondosa, o uso da luz do sol no segundo em uma linda Paris  ( Sendo que esse filme é contado em tempo real ) e das luzes da maravilhosa Viena no segundo  é uma prova que os dois filmes foram feitos com amor.

No final, só fica uma sensação, a de perda.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Música: Wise Up

Não vou falar nada: A Música é linda e o filme é obra-prima. Magnólia:


APOSTAS FINAIS PARA O OSCAR

Vou postar minhas apostas finais para o Oscar 2011. Também vou colocar quem eu queria que ganha-se  e quem também pode ganhar

MELHOR FILME: O Discurso do Rei
MELHOR DIRETOR: David Fincher por A Rede Social
MELHOR ATOR: Colin Firht por O Discurso do Rei.
MELHOR ATRIZ: Natalie Portman por Cisne Negro
MELHOR ATOR COADJUVANTE: Christian Bale por O Vencedor
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE: Melissa Leo por O Vencedor
MELHOR EDIÇÃO: A Rede Social
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL: O Discurso do Rei
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO: A Rede Social
MELHOR FOTOGRAFIA: Bravura Indômita
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE: O Discurso do Rei
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS: A Origem
MELHOR MIXAGEM DE SOM: A Origem
MELHOR EDIÇÃO DE SOM: A Origem 
MELHOR MAQUIAGEM: Minha Versão do Amor
MELHOR ANIMAÇÃO: Toy Story 3
MELHOR CANÇÃO ORIGINAl: "If I Rise" de  127 Horas
MELHOR FIGURINO: O Discurso do Rei.
MELHOR FILME ESTRANGEIRO: Incêndios 



quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Música: Falling Slowly

Essa é a música principal do drama independente irlandês Apenas Uma Vez, um belo filme que pouca gente conhece onde duas pessoas se apaixonam através da música.




Um dos melhores romances do últimos anos e que tem músicas maravilhosas. Falling Slowly ganhou o Oscar de Melhor Canção Original.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Música: If I Rise

Música composta para A. R. Rahman para a trilha de 127 Horas, está concorrendo ao Oscar de Melhor Canção Original.


Crítica: 127 Horas

127 HORAS, de Danny Boyle 




                              

                Danny Boyle volta a fazer bom cinema depois do superestimado Quem Quer Ser um Milionário.

Boyle era o diretor certo para um filme como esse. Sendo um á história que facilmente poderia cair no enfadonho, Boyle acerta em usar sua típica frenética direção em um filme que teoricamente não nos mostraria mais nada de interessante por ser mais uma história de sobrevivência e superação.

Baseado na história de Aron Ralston, montanhista que, em 2003, durante uma escalada no Estado americano de Utah, sofreu um acidente e ficou com o antebraço preso sob uma rocha durante cinco dias.  Para contar essa história, Boyle usa uma montagem ágil e frenética que impede momentos chatos ( Há várias cenas onde Boyle duplica a tela ). O longa tem  uma maravilhosa fotografia que se aproveita dos belos cenários naturais ou criativamente mostra o pequeno espaço onde o protagonista fica para mostrar cenas absolutamente maravilhosas. Os jogos de luz são amplamente usados ( As cenas onde temos alucinações comprovam isso ).

James Franco está maravilhoso. Apesar de ser uma papel que ajuda muito o ator, ele consegue uma atuação que segura o filme nas costas: Seu jeito de falar que as vezes faz rir com as ironias de sua personagem, mas ao mesmo tempo nos emociona com um belo uso de seu olhar. A força de sua atuação se comprova mais ainda no clímax do longa.

Nem tudo é de se elogiarr: Existir alguns momentos enfadonhos ( Demora-se muito para chegar o momento do acidente e em algum momento o longa não avança); o final poderia ser bem mais criativo ( Não na história e sim na forma de contar o que aconteceu depois do clímax) e há um pouco de demora quando se diz respeito à identificação da protagonista ( Apesar de tudo que aconteceu, ele continua sendo um individualista que nem se preocupou em informar parentes ).

No fim, o saldo é muito positivo. Aprecie 127 Horas de pura tensão e emoção. 

3 Estrelas em 4.



sábado, 19 de fevereiro de 2011

Música: What Ever Happened do The Strokes

Gosto muito da banda e acho a música sensacional  ( O ritmo é perfeito e a letra é ao mesmo tempo hipnótica e impactante). Além de tocar na trilha de Maria Antonieta, da Sofia Coppola.

Vídeo com cenas de Maria Antonieta e a música do Strokes:



Boa música e uma belo filme.

Comentário: Bravura Indômita e O Vencedor

BRAVURA INDÔMITA - de Joel e Ethan Coen 

Mais um filme maravilhoso dos Irmãos Coens, isso já está virando redundância. Na direção deles, temos uma fotografia bela cheia de paisagens do velho oeste americano, feita pelo sempre maravilho Roger Deakins ( Que também é o diretor de fotografia da maioria dos filmes de Coens). Além disso, temos um hilário Jelf Bridges ( Bem melhor do que pelo o papel que o concedeu o Oscar ano passado por Coração Louco0). Matt Damon, apesar de pouco destaque também está bem. Destaque para a garota, Haile Steinfield, em uma papel que exigia uma força adulta junto com traços de infantil idade. Mais um filme maravilhoso dos Irmãos Coens.

4/4


O VENCEDOR - de David O'Russel 


Os filmes de boxe americanos seguem quase que regras. Mas O Vencedor não as segue. Porque?. Ele não é um filme de boxe. È um filme sobre as relações familiares. È um filme que cresce quando você pensa nele. Cenas de Melissa Leo e Christian Bale cantando no carro ficam na sua memória e são lembradas assim que você pensa no filme. O tom televisivo dado nas cenas das lutas e que contrastam com a cenas inteiramente pessoais da família dão um tom de novidade ao filme a cada minuto. Melissa Leo explosiva, faz uma atuação sensacional. Bale merece reconhecimento tanto pela atuação tanto pelo esforço físico. Um ótimo filme

4/4

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Critica: Um Lugar Qualquer

Simples e Tocante. Sofia Coppola acerta novamente.

Sofia Coppola ( As Virgens Suicidas, Encontros e Desencontros e Maria Antonieta) , é uma diretora de uma sensibilidade sensacional. Ela sabe tratar com simplicidade sobre temas humanos e sem precisar usar muitas imagens, a filha de Francis Ford Coppola é mais uma que diz que o ditado " Uma imagem vale mais do que mil palavras " está correto.

E Um Lugar Qualquer, novo longa da diretora, mostra isso de um forma ainda mais simples, sem muitos dialógos e mais imagens arrebatadoras de pura delicadeza. Sofia segue um ator interpretado por Stephen Dorf que percebe a vida vazia que tem após um convivo com a sua filha Cleo ( Interpretada pela talentosa Elle Fanning)

No começo do filme temos cenas vazias que mostram todo a vida de luxo vazio do ator e  propositalmente feitas assim por causa da vida vazia que o protagonista vive. São momentos revela-dores sobre um personagem interpretado com uma leveza surpreendente de Dorf, prova disso são as cenas com as strippers gêmeas ou a de sua filha patinando no gelo.

Quando a personagem de Elle Fanning aparece, uma alegria contagiante toma conta do filme, Fanning não faz nenhuma adolescente que encanta seu pai, mas não por ser inteligente, engraçada ou excepcional e sim pela normalidade que ela possui e ela encanta o pai principalmente pelo contraponto entre o vazio luxuoso dele e a simplicidade alegre dela.

E esse encantamento é filmado de forma encantadora por Sofia que parece saber o que fazer a cada momento longa, e tem um controle do tempo maravilhosa. E todas essas qualidade da diretora e dos atores  trazem uma das mais bela seqüencias do ano ao som de I'll Try Anything Once do The Strokes. Apesar de Sofia regredir demais ao estilo de Encontros e Desencontros e de um final que não é satisfatório devido a tudo que teve no longa, Coppola faz aqui seu filme mais sincero ( O hotel retratado aqui era o mesmo que ela ia com pai ).

No final pode até ficar a sensação de dejá vu. Mas para mim, ficou a sensação de mais um acerto na carreira de Sofia Coppola.  

Trailer do Filme:



Critica: Cisne Negro


A grande atuação de Natalie Portman e a obra prima de Darren Arononfsky  


Desde de quando saiu a primeira imagem sobre o novo longa de Darren Arononfsky ( , Requiem Para Um Sonho, Fonte da Vida e O Lutador ), já se viu que era um grande filme vindo. E conforme novas imagens sobre o longa eram lançadas, as expectativas aumentaram. Agora, posso dizer que essas expectativas foram cumpridas e com louvor.


Beth MacIntyre (Winona Ryder), a primeira bailarina de uma companhia, está prestes a se aposentar. O posto fica com Nina (Natalie Portman), mas ela possui sérios problemas interiores, especialmente com sua mãe (Barbara Hershey). Pressionada por Thomas Leroy (Vincent Cassel), um exigente diretor artístico, ela 
passa a enxergar uma concorrência desleal vindo de suas colegas, em especial Lilly (Mila Kunis).


Um filme carregado de simbolismos é Cisne Negro. E como gradativamente, o tema se torna os reflexos da protagonista interpretada por Natalie Portman, temos me uma fotografia magistral-mente e que mexe com espelhos. O reflexo de Nina, o seu lado obscuro, seu lado negro, ou o seu cisne negro passa ser retratado e conforme o filme corre, sua sombra, seu oposto semelhante adentra ela e toma aos poucos os controle. Assim Cisne Negro reflete na obra O Lago dos Cisnes que é o mote da trama. E  pela fotografia vemos espelhos e eles estão por toda parte, é um destaque a parte, já que sempre mexe com os opostos, os relfexos, o branco e o negro. 


A busca pela perfeição é outro tema do filme. Nina, completamente inocente e frágil tem de interpretar no balé os dois cisnes: O branco, que é tão frágil e inocente quanto ela e o negro, que é seu oposto, sensual e cruel. E para chegar na perfeição de interpretar esses dois lados, ela tem de experimentar o próprio lado negro dentro de si.
                                                 
E em toda essa carga dramática do seu personagem, Natalie Portman faz a atuação de um vida: Alguns momentos tocante, frágil e em outros forte e completamente sensual. Momentos que tememos por ela, e em outro ficamos aterrorizados com sua personagem. Portman nos passa na tela toda a complexa transformação que sua personagem passa.




Os coadjuvantes estão maravilhosos: Vincent Cassel tem presença, suas cenas são cheias de força e com um tom sedutor perturbado. Mila Kunis é  esforçada e faz um bom papel e consegue existir ao lado da extremamente maravilhosa Portman.


A direção tem controle de tudo. Arononfsky usa a bela fotografia para dá  um tom perturbador mas também belo ao longa. E assim é todas as características técnicas do filme, principalmente a trilha sonora composta por Clin Mansell que dá um tom distorcido para O Lago dos Cisnes.


Fecha-se a cortina. Acabou. No final não fica a sensação de ter assistido um drama psicológico e sim um épico de grandes proporções. Mas depois de se pensar um pouco só há uma palavra para definir o longa: Perfeição...


Aplausos. 






  

Midnight In Paris abrirá Cannes


Estou com muita expectativa para Midnight in Paris, novo filme de Woody Allen, parece diferente das obras fracas que o diretor tem lançado nos últimos anos e tem uma das melhores atrizes da atualidade.

E agora, o filme abrirá um dos festivais mais consagrados do mundo, Cannes. Só eu acho engraçado um filme sobre Paris abrir Cannes?


No longa, uma  amília viaja a Paris a negócios e, lá, veem suas vidas se transformarem. No elenco temos : Kurt Fuller, Owen Wilson, Marion Cotillard, Michael Sheen, Tom Hiddleston, Kathy Bates,Rachel McAdams, Gad Elmaleh, Nina Arianda, Mimi Kennedy, Corey Stoll, Manu Payet e a primeira dama da França,  Carla Bruni.

domingo, 30 de janeiro de 2011

O Discurso do Rei e a Mudança na Corrida do Oscar


O Discurso do Rei era cotado como favorito ao Oscar antes da estréia de A Rede Social, mas quando o filme de David Fincher estreou e  começar a sair o vencedor da grande maioria das Associações de Críticos por todo os Estados Unidos, este se tornou favorito. Esse mês , A Rede Social ainda ganhou o Globo de Ouro e ainda mais importante o BFCA, se tornando o favorito para abocanhar o careca de ouro.

Mas então, O Discurso do Rei  ganha o Sindicato dos Produtores, PGA, e se tornou um filme que poderia tirar o Oscar de A Rede Social, mas este ainda permaneceu como favorito para o premio mais importante do cinema  americano. No ultimo dia, O Discurso do Rei ganhou  o Sindicato de Diretores e se tornou o favorito absoluto para o prêmio.

O Discurso do rei é um filme que segure muito mais a cartilha de Oscar do que A Rede Social. Um roteiro inteligente mais um direção eficiente e com atuações impecáveis , enquanto A Rede Social é um filme com uma montagem extraordinária e um roteiro com dialógos maravilhosa mente feitos por Aaron Sorkin, e claro, a direção bem competente de David Fincher. São dois filmes que o Oscar teria prazer em premiar.


David Fincher ainda é o favorito ao Oscar de Direção. Colin Firth já pode preparar as mão para pegar o premio. Enquanto isso, temos uma disputa entre a politicagem e a justiça: Natalie Portman está perfeita em seu papel em Cisne Negro enquanto Annette Bening está apenas bem em um papel fácil para ela. A segunda é uma eterna injustiçada do Oscar e a primeira tem a grande atuação da temporada.

Será que o Oscar nos reserva supresas?

sábado, 22 de janeiro de 2011

Nascido Para Matar

Nascido Para Matar, de Stanley Kubrik ( Full Metal Jacket ) 
  
Stanley Kubrik é meu diretor favorito. Ele entende como contar uma história e deixa quem estar assistindo seus filmes, realmente chocados.
Kubrik aqui, pega um dos melhores temas que o cinema americano já retratou: A Guerra do Vietnã. Diretores como Francis Ford Coppola em seu estupendo Apocalypse Now e Olive Stone em seu Platoon . Mas Kubrik já começa diferente: Mostrando o treinamento de um grupo de soldados.

E é aqui que Kubrik mostra todo se talento: Essa primeira parte não pode ser descrita como algo menos que perfeito. Com maravilhosos diálogos do roteiro adaptado da  obra de Gustav Hasford, Kubrik nos apresenta todo o processo que transforma seres humanos em máquinas de matar. E nesse momento é que vemos uma gradativa destruição mental do soldado Lawrence, que é constantemente  humilhado por não ser teoricamente apto para guerra. E conforme essa destruição mental desse soldado acontece, sua pericia em matar melhora, acabando numa cena chocante que envolve banheiro e fuzis.

A segunda parte, apesar de diferente e inferior a primeira, nos apresenta um olhar trágico e cheio de humor negro da guerra, com Kubrik nos apresentando cenas de combate cheias de sangue e frieza e que acaba com uma cena cheia de ironia.

Nascido Para Matar é mais uma obra-prima de um dos maiores cineastas de todos os tempos. Chocante, irônico, e obscuramente divertido merece a honra de ser um dos maiores filmes de guerra do cinema.

Acabo esse texto com um dos melhores diálogos do longa:

"- Como pode matar mulheres e crianças?
" - È fácil. São alvos fáceis de acertar. A guerra não é um inferno?"



sábado, 15 de janeiro de 2011

Nova Foto de Se Beber Não Case

A sequencia de Se Beber Não Case ( The Hangover) ganhou uma nova imagem onde os personagens aparecem olhando para algo:






Confira também a sinopse oficial: Na sequência do grande sucesso de 2009, Phil (Bradley Cooper), Stu (Ed Helms), Alan (Galifianakis) e Doug (Justin Bartha) viajam para a exótica Tailândia, para o casamento de Stu. Depois da inesquecível festa de despedida de solteiro em Las Vegas do capítulo anterior, Stu resolve não arriscar e decide por fazer apenas um café-da-manhã pré-casamento. Porém, as coisas não saem como planejadas. O que acontece em Vegas pode até ficar em Vegas, mas o que acontece em Bangkok você não pode nem imaginar...
O filme é mais uma vez dirigido por Todd Philips e se passará em Los Angeles e Bangcoc. O roteiro é de Scot ArmstrongSe Beber Não Case 2 (The Hangover 2) estreia nos Estados Unidos no dia 26 de maio de 2011.



Critic's Choice premia A Rede Social


Ontem de noite fiquei até as duas horas da manhã assistindo o Critic's Choice Awards, um dos premios que tem mais semelhanças com o Oscar em relação a seus vencedores. Nos ultimos 10 anos, o Critic's Choice só errou uma.

Apesar de A Rede Social ter vencido as categorias principais, A Origem ganhou mais premios, principalmente técnicos.

Vem ai o resultado:

Best Picture: The Social Network
Best Director: David Fincher, The Social Network
Best Actor: Colin Firth, The King’s Speech
Best Actress: Natalie Portman, Black Swan
Best Young Actress: Hailee Steinfeld, True Grit
Best Supporting Actor: Christian Bale, The Fighter
Best Supporting Actress: Melissa Leo, The Fighter
Best Ensemble: The Fighter
Best Adapted Screenplay: The Social Network
Best Original Screenplay: The King’s Speech
Best Foreign Language Film: The Girl with the Dragon Tattoo
Best Documentary Feature: Waiting for Superman
Best Animation: Toy Story 3
Best Comedy: Easy A
Best Picture Made for TV: The Pacific
Best Action Movie: Inception
Best Cinematography: Wally Pfister, Inception
Best Editing: Lee Smith, Inception
Best Art Direction: Inception
Best Visual Effects: Inception
Best Sound: Inception
Best Makeup: Alice in Wonderland
Best Costume Design: Alice in Wonderland
Best Song: 127 Hours, “If I Rise”
Best Score: The Social Network