sábado, 2 de julho de 2011

Sarabande


Música tema de Barry Lyndon, filme do meu diretor favorito, Stanley Kubrick. Ainda nem assistir o filme, mas a música acima é linda.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Meia Noite em Paris, de Woody Allen

Meia Noite em Paris, de Woody Allen - 10/10

Com: Owen Wilson, Rachel McAdams, Michael Sheen, Carla Bruni, Marion Cotillard, Alison Pill, Kathy Bates, Adrien Brody, Corey Stoll, Tom Hiddleston,  Kurt Fuller, Mimi Kennedy, David Lowe, Léa Seydoux

 Woody Allen faz um filme maravilhoso sobre a insatisfação em estar no tempo onde vivemos e nossa fascinação por um passado que é retratado pelo nosso consciente como um período superior ao nosso presente. Eu sempre quis viver nos Anos 80, em Manchester e ver o nascimento de bandas como The Smiths e do Joy Division, e divido com o protagonista de Meia Noite em Paris, seu fascínio pela Paris chuvosa dos Anos 20.

Ao mostrar um Gill Pender ( Owen Wilson) que fascinado por Paris mas insatisfeito com o seu presente, viaja para o passado conhecendo ídolos intelectuais como Ernest Hemingway, Louis Brunel, Salvador Dalí, o casal Fitzgerald, Pablo Picasso, entre outros em uma Paris extremamente romântica dos Anos 20, chuvosa e bela e ainda mostrar uma outra personagem desse próprio Anos 20 insatisfeita com seu presente, e fascinada pelo passado da Belle Epoque, Allen mostrar como sempre seremos insatisfeitos com o presente, e fascinados por um passado, não importa o que aconteça sempre será assim. Esquecendo totalmente que talvez o presente seja nosso maior “presente”.

Em Meia Noite em Paris, várias características marcantes de sua carreira ( O autor insatisfeito, uma cidade maravilhosa e os diálogos afiados) estão com todo vigor. Um Owen Wilson, com uma atuação que finalmente prova seu maravilhoso timming cômico, encarna um dos melhores "Woody Allen" dos últimos 20 anos da carreira do diretor.

 Allen, desde dos primeiros frames do longa, justifica a fantasia do filme ao mostrar porque Paris é tão bela e porque ela o ( nos) fascina tanto. E quanto mais o filme se desenvolve. o fascínio pela Cidade-Luz aumenta. E uma fotografia extremamente bela e pulsante parece confirmar o que Wilson fala em certo ponto do filme ( "È como se Paris fosse o lugar mais quente do universo").

A trilha sonora é extremamente maravilhosa Com clássicos de Cole Poter e belas músicas parisienses. Além disso, uma ótima atuação da sempre competente Rachel McAdams, a como sempre espetacular Marion Cotillard está estupenda ( Seu final é espetacular), uma boa atuação em curto tempo da primeira dama Carla Bruni, um divertido Micahel Sheen. Destaque para o hilário Adrien Brody como Dalí.

Ao final de Meia Noite em Paris, fica a sensação muito ruim: A que os créditos não deveriam ter começado e que o filme devia continuar. Pois quando Woody Allen acerta, ele realmente acerta.



domingo, 29 de maio de 2011

Cinzas do Paraíso

Cinzas do Paraíso - de Terrence Malick  10 / 10
Terrence Malick faz uma estupenda definição sobre relações familiares, amorosas e sociais sobre os Estados Unidos. Malick é genial em apresentar um quadro genial baseando-se em três personagens maravilhosamente desenvolvidos.

A grande qualidade do longa, é que os diálogos não são os grandes responsáveis pelo desenvolvimento da histórias. Malick apresenta sua história e as ações das pessoas que andam durante os 94 minutos de projeção através de lindas imagens, fotografadas de forma incrível,  é de uma beleza única.

Mas mesmo aqui, sendo imagem mais importante que o texto. Mallick traz diálogos fascinantes . Os atores cumprem com louvor a interpretação das personagens. Além de todas as qualidades, toda a parte final do onga é emblemática e poderosa, onde todas as suas características positivas chegam ao êxtase.

sábado, 28 de maio de 2011

Pontypool, de Bruce McDonald - 9,0/10
Mcdonald acerta em cheia em escolher que na maior parte do filme só teremos informações sobre o que está acontecendo na cidade de Pontypool através de rádio, televisão e telefone, assim como os protagonistas desse longa canadense. Na maior parte do filme, temos um trabalho de tensão quase insuportável onde ficamos tão chocados quanto as personagens a  saber aos poucos do acontecido. No ato final, onde temos uma leve queda de qualidade, uma violência genial é jogada em tela, mesmo que o final decepcione um pouco, vemos aqui, uma forma de filme de terror muito mais eficientes dos sanguinolentos de exposição.

Biutiful, de Alejandro Gonzáles Inârritu - 8,5/10
Inãrritu tem aqui sérios problemas em relação á condução de narrativa. Tenta fazer bastante melodrama e alguns momentos isso funciona de jeito estupendo ( Como na cena que Uxbal encontra seu pai) ou falha completamente ( Principalmente em relação ao casal de chineses que desperdiça totalmente um tempo precioso). Mas em relação ao desenvolvimento de sua protagonista, o cineasta acerta completamente, e com uma atuação soberba de Javier Barde, faz de Uxbal, uma personagem fascinante, e Biutiful ser um ótimo filme em relação a estudo de personagens. Truques da direção são maravilhosos, como na bela cena dos corações batendo. A trilha sonora e a fotografia auxiliam na trama. Um bom filme. 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas


Dirigido por Rob Marshall. Com: Johnny Depp, Penélope Cruz, Geoffrey Rush, Ian McShane, Kevin McNally, Sam Claflin, Astrid Berges-Frisbey, Stephen Graham, Richard Griffiths, Judi Dench, Gemma Ward e Keith Richards.  NOTA: 4,5/10

Um grande equivoco é a produção deste Piratas do Caribe. Primeiro, depois da saída de Gore  Verbisnki, o diretor dos três primeiros filmes e que possibilitava  a maravilhosa montanha-russa de ação, emoção, fantasia, diversão, comédia, suspense e até um pouco de romance que eram A Maldição do Pérola Negra, O Baú da Morte  e No Fim do Mundo. A entrada de Rob Marshal como diretor é uma das maiores falhas do novo longa da franquia.

Marshal tem dificuldades nas cenas de ação, que são horrivelmente coreografadas, e tem momentos que parece que quer voltar a fazer seus irritantes musicais com cenas que provocam profunda vergonha alheia.

O novo diretor simplesmente exagera no protagonista que praticamente faz um longo ( e cansativo) show de stand-up no filme. Jonhy Deep chega ao lugar comum de sua personagem e o torna a cada cena menos interessante e mais uma caricatura do que era Jack Sparrow nos três primeiros filmes da série. Com a saída do casal da trilogia anterior,   Sparrow deixa de ser um facilitador do equilíbrio da série e se torna o destaque, e não sendo tão interessante como nos filmes anteriores.

E as novas personagens não ajudam: Ian Mcshane não apresenta um vilão tão interessante quando Davy Jones com seu Barba Negra, e a comparação acontece a todo segundo que sua personagem aparece, já que em muitos momentos Barba Negra tem ações parecidas com o vilão dos dois últimos filmes. Penélope Cruz, uma atriz maravilhosa, faz um papel totalmente sem sentido, tendo de ser um atrativo romântico pra Sparrow distorcendo completamente o personagem e a franquia. Quem se salva no longa, é o Barbossa de Geoffrey Rush, que aparece como o melhor personagem do longa e o único que mantém o espírito dos filmes do Verbinski.

Mas é no roteiro que o longa desanda de vez, a trama é completamente perdida e sem sentido, personagens aparecem e fazem coisas totalmente sem coerência, casais são feitos sem nenhuma responsabilidade de criar o sentimento.  Piratas do Caribe parece navegar em águas da mediocridade.

Tecnicamente, o filme desanda totalmente na qualidade dos efeitos especiais que são bem inferiores aos filmes anteriores com ar de artificialidade bem aparente. Enquanto isso, a direção de arte é maravilhosa e se salva no mar de descontrole da direção de Marshal.

Piratas do Caribe 4 é a prova que não importa como uma personagem é querido, o que realmente importa é um diretor competente e um roteiro eficiente..

domingo, 15 de maio de 2011

Um Tiro Na Noite (Blow Out), de Brian De Palma - 10/10
Talvez o melhor trabalho cinematográfico já feito por um homem . Com um toque de metalinguagem maravilhoso.. Mas principalmente de um tom hitckcookiano que troca a câmara de "Janela Indiscreta " pelos aparelhos de som nesse filme espetacularmente  dirigido ( Como sempre, De Palma dá um show no uso da câmara), um trilha sonora que dá um tom especial ao longa e principalmente: Uma atuação magistral de John Travolta ( E a maior prova disso é a cena final do longa, que já nasce antológica)




A Rosa Púrpura do Cairo, de Woody Allen  - 10/10
Allen faz um trabalho menos "neurótico", menos "nova iorquino". Mas não deixa de ser um filme apaixonado, só que agora Allen é sincero: O cinema em si, é alvo da paixão. E o num exercício de metalinguagem sensacional, o cinema literalmente fala com a personagem de Mia Farrow, e assim como ela, somos seduzidos para essa história apaixonante com personagens que ora vem mesquinhos e desonestos mas totalmente reais, ora vem como pessoas boas e verdadeiras mas de um mundo totalmente fictício.



Manhattan, de Woody Allen - 10/10
Woody Allen aqui explicita de vez seu amor pela cidade de Nova York. Desde do seu primeiro frame, ele se declara de forma tradicionalmente neurótica mas que nesse chega ao nível de pessoalidade extremo que ama a cidade. E através de nova iorquinos e suas relações totalmente devastadora, Woody Allen nos apresenta uma cidade linda em preto e branco que não deveria ter carros e que qualquer explicação sobre si mesma tende a ter algum defeito. Perfeito.   

Há muito tempo que não entro...

Há muito tempo que não posto aqui no blog, e foram tantos filmes que eu assistir nesse período que se eu for postar tudo vai ser uns 50 posts de vez.

Mas em breve eu volto a fazer comentários, está sendo bem difícil fazer isso, mas vou tentar ao máximo.